Bloco de Esquerda apresenta voto de pesar pelo falecimento de Rogério de Carvalho
Partido recorda "um defensor do Teatro da Palavra".
O Bloco de Esquerda irá apresentar na Assembleia da República um voto de pesar pela morte do encenador Rogério de Carvalho, falecido no passado dia 15 de setembro, no Hospital Garcia de Orta.
De igual forma, também os grupos parlamentares do PCP e PS, recordaram o encenador nos seus respetivos votos de pesar.
Passamos a transcrever o comunicado de imprensa na íntegra.
Comunicado de imprensa
Bloco de Esquerda apresenta na Assembleia da República um voto de pesar pelo falecimento de Rogério de Carvalho
O Bloco de Esquerda expressa profundo pesar pelo falecimento de Rogério de Carvalho, ocorrido no dia 21 de setembro. Nascido em Gabela, Angola, Rogério de Carvalho foi uma figura incontornável do teatro português, com uma carreira de mais de 60 anos dedicada à encenação e ao ensino de teatro, e com um legado inestimável no desenvolvimento das artes em Portugal.
Formado no Conservatório Nacional de Lisboa, atual Escola Superior de Teatro e Cinema, onde também lecionou até 2007, Rogério de Carvalho foi um defensor do Teatro da Palavra, dedicando-se à encenação de obras de alguns dos mais prestigiados dramaturgos mundiais, como Jean Genet, Bernard-Marie Koltès, Rainer Werner Fassbinder, Howard Barker, Eugene O’Neill, Anton Tchekhov, entre outros. Durante a sua extensa carreira, trouxe ao público português textos de autores clássicos como Molière e Gil Vicente, bem como de figuras fundamentais da dramaturgia, de Platão a Eurípides.
Rogério de Carvalho encenou mais de 100 espetáculos ao longo da sua carreira, colaborando com importantes companhias de teatro, como o Teatro Experimental de Cascais, a Companhia de Teatro de Almada, a Companhia de Teatro de Braga, o Teatro Griot, entre outras. O seu trabalho foi apresentado em prestigiados palcos nacionais, como o Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Nacional S. João e o Teatro São Luiz.
O encenador foi reconhecido pela sua enorme contribuição ao teatro com distinções como o Prémio Almada 2001 e o Grande Prémio da Crítica em 2012. Para além do seu trabalho artístico, Rogério de Carvalho deixou também um importante legado no campo da formação de sucessivas gerações de atores, atrizes e encenadores que tiveram o privilégio de aprender com a sua visão e sensibilidade artística.
Apesar de ser uma figura discreta, avesso a ser chamado de “mestre”, a sua marca no teatro português é indelével. O seu compromisso com a igualdade, democracia e progresso refletiu-se em toda a sua obra, inspirando colegas e discípulos ao longo de toda a sua vida.
O Bloco de Esquerda, em nome de todo o país, agradece-lhe uma vida dedicada à cultura e ao teatro, e manifesta as suas sentidas condolências à família, amigos e à comunidade artística. A sua ausência será profundamente sentida, mas o seu legado continuará vivo nas artes cénicas portuguesas.
Bloco de Esquerda / Distrital Setúbal
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