O Batista: o templo secreto da comida portuguesa em Almada
Entre elogios ao cozido e críticas ao atendimento, o Restaurante O Batista em Almada continua a ser palco de paixões, polémicas e pratos que marcam memórias.

Na Rua Afonso Galo, ao 56, respira-se um ar de casa antiga e acolhedora — de tascos que cresceram com o tempo, de mesas que já conheceram famílias inteiras e encontros de gerações. É aí que se ergue o Restaurante O Batista, discreto nos traços exteriores, mas generoso nos cheiros que escapam pela porta entreaberta.
Logo à entrada, quem passa sente o convite: “entra, que cá dentro se come bem”. O ambiente é simples — sem ostentação, sem pretensões — mas preza pela honestidade. Nas avaliações, muitos falam de “comida caseira” e “cozinha típica portuguesa”. Há quem afirme que “a comida é ótima e o ambiente muito agradável” , outros elogiam “pratos tradicionais e quantidades generosas” — e há quem registe que “o restaurante é muito conhecido em Almada … começou por ser um restaurante familiar”.
Entre as sugestões mais habituais, destaca-se o bife do acém para duas pessoas: um naco que muitos descrevem como “super tenro” e vem “sempre no ponto”. A sangria tinta também aparece em elogios — “bestial”, dizem alguns — e o peixe grelhado é repetido nas conversas dos clientes habituais. Nos domingos, o “cozido à portuguesa” parece ganhar protagonismo, servido em doses generosas a quem decide saborear uma refeição que atravessa tradições.
Mas nem tudo é perfeição — e talvez nem convém que seja. Há momentos em que o atendimento deixa a desejar: “cara fechada”, “ar de poucos amigos” e uma sensação de que “quase fazem um favor” ao servir. São vozes críticas, mas que se misturam entre elogios ao sabor e à honestidade do espaço. Alguns lamentam a dificuldade de estacionamento, uma limitação estrutural comum em zonas urbanas antigas.
Ainda assim, quem persiste, quem regressa, valoriza o que O Batista oferece: simplicidade com dignidade. Quem ali vai quer sentir-se à vontade, quer comer bem sem complicações, quer pratos que recordem mesas de casa. E muitos repetem que o custo é “aceitável”, que as doses são generosas, que o restaurante suporta festas de aniversário, que “é uma boa casa tradicional”.
Em síntese, O Batista não é um templo da gastronomia contemporânea, nem uma promessa de inovação radical — é antes um refúgio para quem aprecia a culinária portuguesa de sempre, com seus altos e baixos, com seus risos e reclamos. É um lugar onde se vêm mesas cheias, onde os convívios se estendem pela noite, onde o cliente espera voltar — apesar dos tropeços — porque afinal os sabores ali têm memória.
Quem quiser conhecer O Batista, vá com olhos e paladar abertos: entre as paredes simples, há histórias servidas em pratos. E, pelo menos para muitos que lá regressam, isso basta.
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