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Aumentam acidentes e feridos graves nas estradas portuguesas 

Os primeiros quatro meses de 2024 registaram um aumento de acidentes rodoviários e feridos graves em Portugal, apesar de uma redução no número de vítimas mortais e feridos leves face a 2019.

Nos primeiros quatro meses de 2024, Portugal enfrentou um aumento significativo no número de acidentes rodoviários e feridos graves em comparação com o mesmo período de 2019. No total, foram registados 11.321 acidentes com vítimas, resultando em 137 mortes, 782 feridos graves e 13.139 feridos leves, tanto no Continente como nas Regiões Autónomas.

Embora o número de vítimas mortais tenha diminuído em 23,9% em relação a 2019, com menos 43 mortes registadas, e os feridos leves tenham caído 2,6%, os feridos graves aumentaram em 8,8%, correspondendo a mais 63 pessoas nesta categoria. Este aumento é preocupante, dado o crescimento de apenas 1% no número total de acidentes.

Ao observar especificamente o Continente, houve 10.850 acidentes, resultando em 135 mortes, 730 feridos graves e 12.614 feridos leves. Quando comparado ao mesmo período de 2019, houve uma diminuição no índice de gravidade dos acidentes em 10,4%, passando de 1,39 para 1,24. No entanto, o aumento no número de feridos graves e acidentes continua a ser um fator alarmante.

Em termos de variações anuais, comparando com 2023, o cenário também não é animador. Houve um aumento de 335 acidentes, 13 feridos graves e 343 feridos leves, embora o número de vítimas mortais tenha caído em 12,3%. Estes dados refletem um cenário de maior risco nas estradas, mesmo com uma ligeira redução no consumo de combustível rodoviário.

A colisão foi o tipo de acidente mais comum, representando 52% dos acidentes e 43% das vítimas mortais. Os despistes, apesar de menos frequentes, resultaram em 44,4% das mortes. Nas localidades, registaram-se 71 mortes, uma tendência decrescente face a 2019 e 2023. No entanto, fora das localidades, o índice de gravidade foi consideravelmente maior, situando-se em 2,91.

As estradas nacionais e arruamentos urbanos foram os cenários principais destes acidentes, com destaque para as vias sob gestão municipal, onde ocorreram 50,4% das mortes. Em contraste, as autoestradas registaram uma ligeira melhoria em relação a 2019, com menos vítimas mortais e feridos graves.

A categoria de condutores continua a representar a maioria das vítimas mortais, seguida por passageiros e peões. Em termos de veículos envolvidos, os automóveis ligeiros estiveram presentes na maioria dos acidentes, com uma redução face a 2019, mas um ligeiro aumento em relação a 2023. Veículos como motociclos e velocípedes mostraram um aumento significativo nas taxas de envolvimento em acidentes, destacando-se a subida de 48,8% nos velocípedes em comparação com 2019.

Por fim, a fiscalização rodoviária intensificou-se em 2024, com um aumento de 73% no número de veículos fiscalizados, embora as infrações tenham diminuído em 6,4%. A taxa de infração caiu drasticamente para 0,37%, um decréscimo de 45,9% face a 2023. No entanto, infrações por excesso de velocidade ainda representam a maioria, com 70,6% do total, seguido por infrações como o não uso de cinto de segurança e a condução sob efeito de álcool, ambas com reduções significativas.

Este relatório sublinha a complexidade do cenário rodoviário em Portugal, onde a intensificação do tráfego e fiscalização coexiste com um aumento preocupante dos feridos graves, exigindo ações contínuas para melhorar a segurança nas estradas.


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