Setúbal

Associação de Dadores de Sangue de Setúbal celebra 46 anos a salvar vidas com desafios e resiliência

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Setúbal comemorou 46 anos de dedicação e solidariedade, em evento marcado pelo reconhecimento do impacto social da instituição.

A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Setúbal celebrou ontem o seu 46.º aniversário, numa cerimónia especial na Junta de Freguesia de São Sebastião, que contou com a presença de Pedro Pina, vereador com o pelouro da Saúde da Câmara Municipal de Setúbal. O autarca destacou a importância do trabalho incansável da associação, valorizando a sua persistência e resiliência ao longo dos anos.

Pedro Pina salientou que a doação de sangue não deve ser apenas uma escolha individual, mas uma responsabilidade que implica vontade política. O vereador sublinhou que os poderes públicos devem investir em estratégias e mecanismos que promovam a dádiva de sangue como um verdadeiro “imperativo civilizacional” e não como um ato esporádico.

O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Luís Matos, elogiou também a associação, sublinhando a importância da articulação entre sociedade civil, empresas e autarquias para incentivar mais pessoas a tornarem-se dadoras. Segundo Matos, esta união de esforços é essencial para disseminar a mensagem de solidariedade e captar novos dadores.

A comemoração marcou o aniversário da primeira colheita, realizada a 28 de outubro de 1978, em colaboração com o antigo Instituto Nacional de Sangue, hoje conhecido como Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

O presidente da associação, Hermenegildo Alves, revelou que, em quase meio século de atividade, foram recolhidos mais de 9222 litros de sangue em 783 colheitas, com a participação de 20.493 dadores. Desde 2007, inscreveram-se 3721 jovens dadores, mas apenas 2200 mantiveram a regularidade nas dádivas. Alves expressou alguma frustração com o facto de mais de 1500 jovens não terem continuado a doar.

A presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Maria Antónia Escoval, alertou para a instabilidade na doação de sangue em Portugal em 2024, descrevendo-a como uma situação inédita. Embora o número de dadores tenha aumentado entre 2020 e 2023, a frequência das dádivas diminuiu, mantendo ainda as reservas em níveis seguros. Escoval assegurou que, apesar das flutuações, as reservas foram reforçadas nas últimas seis semanas, garantindo um equilíbrio estratégico nas reservas de sangue.


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