Ao serviço do turismo e da proteção. A nova era da antiga Bataria da Raposa
A cargo da Câmara, o antigo complexo militar, na Fonte da Telha, será um importante centro de união entre as forças de proteção do concelho. O público não ficará de fora.
A requalificação da 6.ª Bateria da Raposa, na Estrada Florestal da Fonte da Telha, dará uma nova vida a todas as “forças do concelho”.
Durante a cerimónia de apresentação dos projetos para o antigo complexo militar, a presidente da Câmara de Almada, disse, ao Diário do Distrito, que o antigo terreno vai-se tornar “num dos pontos-chave da proteção contra incêndios do concelho”.
Agora, na posse da Câmara Municipal durante 50 anos, os 2 hectares da Bataria serão requalificados para unir as diferentes valências da “proteção do território”.
Num futuro próximo, as instalações estarão também abertas para o “público em geral”, informa Inês de Medeiros.
Os projetos significam um “avanço no planeamento e ordenação do território” e uma importante ajuda para as forças de proteção de Almada.
Já na próxima semana, os bombeiros sapadores do concelho deslocam-se para as novas instalações. Para breve, juntam-se-lhes a Proteção Civil, a Polícia Municipal e equipas da ICNF.
O espaço será ainda aproveitado para receber o público, oferecendo uma vasta oferta cultural.
Os edifícios serão requalificados, segundo a imagem histórica de “uma das maiores riquezas do concelho de Almada”, e as torres de artilharia, assim como os equipamentos do subsolo, serão expostos para o público, disse a presidente da autarquia.
Uma casa para os serviços de proteção do território
É uma importante mudança para o Serviço Municipal da Proteção Civil, para a Polícia Municipal e para os Sapadores florestais do concelho.
“As nossas instalações atualmente não têm condições”, diz António Godinho, coordenador do Serviço Municipal da Proteção Civil.
A equipa, hoje, é maior e tem mais responsabilidades, não se adequa ao edifício “dos anos 50” sem espaço e proteção.
As novas incluirão a Central Municipal de Gestão Integrada de Ocorrências e uma base de apoio logístico e pré-posicionamento de equipas dos diferentes agentes de Proteção Civil.
A Polícia Municipal também não tinha uma sede
Na Bataria, a autoridade usufruirá de gabinetes, salas de trabalho e uma sala para inquéritos. Assim como instalações sanitárias e balneários, um armeiro e uma zona de arrumos.
O mesmo se sucede com os sapadores florestais do concelho de Almada.
Os sapadores, criados em 2021, são dos primeiros a chegar aos locais de incêndio.
Até agora, não tinham uma base permanente.
O novo espaço é constituído por balneários, parque de viaturas e copa e armazém/oficina para manutenção de equipamentos.
Uma ajuda também para os quartéis dos bombeiros, que não têm quartéis naquela zona.
Nos dias em que o concelho está em alerta laranja ou vermelho, as equipas estarão de vigilância também à noite, nas camaratas construídas.
Nova vida cultural para o concelho
As obras acontecerão numa área com sensivelmente dois hectares, e mais um no exterior. Um trabalho de “muita ambição”, revela a presidente.
Para o público em geral, as instalações serão adaptadas para receber exposições, e até autocarros de turistas.
Estará disponível um “simulador sísmico para os jovens.”, torres de Artilharia, equipamentos no subsolo, uma cafetaria e um posto de observação.
O antigo bunker será um “novo espaço cultural em Almada”, “inspirado na beleza daquele local”, acredita Inês de Medeiros.
Atrasado pela pandemia por mais de 2 anos, o complexo passou pela gestão do ICNF e da direcção geral do Tesouro e Finanças. Agora, nas mãos da Câmara, estão ao seu dispor durante 50 anos, que podem ser renovados.
Os futuros aguardam “pareceres positivos das entidades responsáveis pela salvaguarda da natureza”. Sem se comprometer com datas, a presidente da Câmara informa que os concursos não serão lançados “antes do meio do próximo ano”.
A 6.ª Bataria militar
O que era um equipamento militar, inserido no regimento de artilharia da Costa, ficou desocupado quantos os militares saíram do lugar.
O Plano de Ordenamento da Paisagem Protegida definia que esta reserva botânica não poderia ser utilizada pelo governo, muito menos para fazer hotéis, por exemplo.
Agora, após apresentado um projeto pela autarquia, a Câmara conseguiu obter a posse do mesmo, se respeitar uma série de pressupostos legais da proteção do ambiente.
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