Ano letivo começa com antigos desafios a persistirem
Milhares de alunos enfrentam a falta de professores e infraestrutura inadequada nas escolas de Setúbal, segundo a FERSAP.
Milhares de alunos no distrito de Setúbal enfrentam o regresso às aulas com problemas recorrentes como a falta de professores e dificuldades na implementação de projetos digitais.
As preocupações no setor da educação mantêm-se para o ano letivo de 2024–2025, particularmente no distrito de Setúbal. A Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais (FERSAP) em comunicado destaca a falta de docentes e a ausência de uma estratégia eficaz por parte das entidades responsáveis, deixando milhares de alunos sem aulas em várias disciplinas.
Conforme a FERSAP, o número de professores em falta compromete a qualidade do ensino, e a situação agrava-se com a reforma de muitos docentes ao longo do ano letivo. Esta situação reflete uma clara falha no planeamento e na agilidade de substituição de pessoal, algo que a Federação acredita poder ser resolvido com uma antecipação dos concursos de professores e uma revisão das condições de contratação.
Além disso, a implementação dos projetos digitais nas escolas continua a ser um desafio. A infraestrutura das instituições de ensino está desatualizada e inadequada para a transição para o digital, com salas que carecem de tomadas suficientes, quadros elétricos de baixa potência e um número insuficiente de equipamentos tecnológicos para todos os alunos. Estes problemas tornam inviável a realização de exames e provas de aferição no formato digital.
Outro ponto de preocupação levantado pela FERSAP é a falta de pessoal não docente nas escolas, uma situação que coloca em risco a segurança dos alunos e a eficiência do funcionamento das instituições. A legislação em vigor, segundo a Federação, não tem em conta as especificidades de cada escola, agravando o problema.
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