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Angola expulsa equipa da RTP e Portugal lamenta incidente

Portugal lamentou profundamente a situação e transmitirá sua posição às autoridades angolanas por canais diplomáticos.

A Presidência da República de Angola ordenou a expulsão da equipa de jornalistas da RTP, que se encontrava no Palácio da Cidade Alta para cobrir o encontro entre o presidente João Lourenço e o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior. 

A retirada ocorreu após a transmissão de uma reportagem no programa “Bom Dia Portugal”, da RTP, que o governo angolano considerou conter informações falsas sobre a situação na província de Cabinda.

A medida, interpretada como uma retaliação à cobertura jornalística do canal português, envolveu a retirada da equipa da sala de imprensa onde estavam outros jornalistas, a maioria deles alinhados com o regime, embora a equipa da RTP estivesse devidamente credenciada, o gesto foi uma clara resposta ao conteúdo da reportagem, que abordava um suposto cessar-fogo anunciado pelo movimento independentista de Cabinda, FLEC.

Em abril, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola já havia emitido uma nota oficial contestando veementemente a reportagem, classificando-a como imprecisa. 

Além disso, a RTP foi removida do grupo de WhatsApp do Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola (CIPRA), onde são divulgadas as agendas oficiais aos órgãos de comunicação credenciados.

O funcionário da Presidência que ordenou a expulsão da equipa foi claro ao afirmar que o Presidente João Lourenço não desejava a presença da RTP nas atividades oficiais do governo angolano. 

Esta decisão evidencia a crescente tensão entre as autoridades de Angola e a imprensa internacional, especialmente em relação à cobertura de assuntos sensíveis como a situação em Cabinda.

Em resposta ao incidente, o governo de Portugal expressou um profundo lamento pela situação ocorrida com a RTP em Luanda, sublinhando o seu respeito pela liberdade de imprensa. 

O governo português ainda anunciou que transmitirá a sua posição, pelos adequados canais diplomáticos, às autoridades angolanas.


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