Portugal entra na era da alta velocidade ferroviária com ambiciosos projetos que pretendem encurtar drasticamente os tempos de viagem entre as principais cidades ibéricas e nacionais. A meta é reduzir o percurso Lisboa-Madrid para apenas três horas no prazo de dez anos, uma melhoria significativa face às nove horas atuais, para aproximar ainda mais ambos os países.
O Ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, destacou esta semana, numa publicação nas redes sociais, que o plano de alta velocidade não se limita apenas à ligação Lisboa-Madrid. A estratégia inclui também a ligação de alta velocidade entre Lisboa e Porto e a extensão desta linha para o Porto-Vigo, na Galiza, criando uma rede robusta que beneficiará o transporte de passageiros em todo o país e além-fronteiras.
No âmbito da linha Lisboa-Porto (LAV Lisboa-Porto), está prevista para breve a assinatura do contrato de Parceria Público-Privada (PPP) do troço Campanhã-Oiã, enquanto a PPP referente ao troço Oiã-Soure já se encontra em fase de adjudicação. Estas medidas permitirão uma significativa redução do tempo de viagem entre as duas principais cidades portuguesas, impulsionando a mobilidade interna.
Para a ligação Porto-Vigo, que ambiciona uma maior proximidade com a região da Galiza, 2025 foi estabelecido como o ano de conclusão dos estudos e projetos da fase 1. A partir daí, será possível avançar com a Avaliação de Impacte Ambiental, uma etapa crucial para garantir a execução sustentável do projeto.
Além dos benefícios económicos e sociais, a entrada de Portugal na alta velocidade ferroviária trará vantagens ambientais inegáveis. A aposta em infraestruturas de transporte mais ecológicas reflete o compromisso do país com as metas de descarbonização, um ponto reiterado pelo Governo português como prioritário no plano de investimentos.
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