Almada em Alerta: Encerramento de urgências gera preocupação no sul de Portugal

A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, expressou hoje uma séria preocupação com o encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia na Península de Setúbal, uma medida que, segundo a autarca, pode afetar gravemente não só a região, mas todo o sul de Portugal.

 Inês de Medeiros destacou que o Hospital Garcia de Orta, situado em Almada, desempenha um papel crucial como o principal hospital central da região, atendendo até pacientes provenientes do Algarve.

Conforme as informações divulgadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), três serviços de urgência estarão encerrados no próximo sábado na região de Lisboa e Vale do Tejo, incluindo os hospitais São Bernardo, em Setúbal, Vila Franca de Xira e Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. No domingo, o Hospital das Caldas da Rainha, em Leiria, também fechou as portas das urgências de Ginecologia e Obstetrícia.

Neste contexto, apenas os casos considerados graves e encaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) serão atendidos nos hospitais Santa Maria, em Lisboa, e Garcia de Orta, em Almada.

A Península de Setúbal, composta por nove concelhos — Almada, Setúbal, Seixal, Sesimbra, Palmela, Montijo, Moita, Barreiro e Alcochete —, conta com uma população total de 808.689 habitantes, segundo os Censos de 2021. Esta população depende dos hospitais Garcia de Orta, Nossa Senhora do Rosário e São Bernardo para serviços de saúde essenciais.

Inês de Medeiros sublinhou que está disposta, com os outros autarcas da Península de Setúbal, a encontrar soluções coletivas para este problema. A autarca defende que uma resposta unida das autarquias é sempre mais eficaz, dada a proximidade com a população e a responsabilidade direta de fornecer respostas.

 A presidente reiterou “total disponibilidade” para colaborar, enfatizando a necessidade de uma ação precoce e coordenada, como foi exemplificado durante a resposta à pandemia de COVID-19.

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