AIMA vai ter horário alargado a partir de hoje, anuncia Paulo Rangel
A AIMA, a partir de hoje, irá alargar os seus horários de atendimento como resposta ao caos que tem levado centenas de imigrantes a pernoitar à porta das instalações para regularizar a sua situação em Portugal.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, anunciou hoje, dia 22 de maio, que a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) vai operar com horário alargado a partir de hoje, numa tentativa de responder ao caos que se tem verificado nos últimos dias, com centenas de imigrantes a pernoitarem à porta das instalações para tentar regularizar a sua situação em Portugal.
Segundo o ministro, a situação de rutura no atendimento deve-se a dois fatores principais, por um lado, o encerramento da agência de Lisboa durante quase uma semana, o que fez com que muitos utentes se dirigissem ao Porto.
Por outro, a exigência de validação presencial de documentos por parte de países como o Nepal e Angola, que não reconhecem automaticamente os certificados dos seus cidadãos, obrigando-os a deslocações físicas à AIMA.
Para mitigar o problema, Rangel anunciou o reforço imediato das equipas em Lisboa e no Porto, bem como a implementação de horários mais alargados nos serviços da agência, embora sem especificar quais serão os novos períodos de funcionamento.
“Vão ser alargados”, garantiu, referindo que o objetivo é “progressivamente a situação ser controlada”.
O ministro reconheceu que as medidas não resolverão o problema de imediato, mas destacou que o Governo está empenhado em lidar com este “pico” de procura e melhorar as condições de atendimento. “Não vai ficar já tudo resolvido, mas vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou.
Numa tentativa de tranquilizar os imigrantes afetados, Paulo Rangel deixou ainda uma mensagem de calma, afirmando ter estado em contacto com o ministro da Presidência e assegurando que “ninguém vai perder os seus direitos” devido aos atrasos.
“Já foram estabelecidos contactos para que ninguém seja prejudicado por esta situação”, concluiu.
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