Acordo entre PS e PSD em Almada: Um pacto que nasce na sombra e termina sem explicações
A aliança PS/PSD em Almada termina sob críticas de falta de transparência, deixando o futuro político do concelho incerto.
O Bloco de Esquerda avançou esta sexta-feira com um comunicado para as redações onde dá conta do acordo entre PS e PSD ter caído em Almada, o comunicado avança que “durante dois mandatos, o concelho de Almada foi governado por um acordo entre PS e PSD, cujo conteúdo nunca foi totalmente conhecido pelos almadenses”. Salienta que “sem negociações com outras forças políticas, a aliança garantiu maioria na Câmara Municipal e na Assembleia Municipal, mas a falta de transparência no pacto gerou críticas e acabou por se revelar insustentável”.
O orçamento atual, desenhado pelo executivo liderado por PS e PSD, reflete as opções políticas desta maioria. A responsabilidade pela aprovação ou rejeição do orçamento recai exclusivamente sobre os dois partidos. Caso falhem, os almadenses terão motivos para lamentar a confiança depositada num acordo que, segundo as críticas, serviu apenas interesses eleitorais.
Durante este período, o Bloco de Esquerda destacou-se como a principal força de oposição. Apresentou dezenas de propostas que representavam as promessas feitas aos eleitores e denunciou falhas em áreas fundamentais como o direito à habitação, a justiça fiscal, os serviços públicos e a mobilidade sustentável. Em comunicado, o partido reiterou o compromisso com estas causas, mesmo diante de um cenário de pouca abertura ao diálogo por parte da aliança PS/PSD.
A ausência de divergências públicas entre PS e PSD ao longo deste período levantou questões sobre a verdadeira natureza do acordo. Para muitos, o pacto teria sido mais uma divisão de lugares no executivo do que uma união programática sólida. Agora, com o orçamento em jogo, os próximos passos definirão como esta aliança será lembrada pelos eleitores.
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