A realidade confiscada numa sociedade emocionalmente abusada
As opiniões expressas neste artigo são pessoais e vinculam apenas e somente o seu autor.

Vivemos a era da abstração. A experiência vivida passou a ser irrelevante em detrimento de construções teóricas que vêm prevalecendo e desvinculando, da verdade e do que é correcto, os acontecimentos em tempo real. A presente abstração da realidade, que parece inabalável, foi encetada da forma mais teatral possível, aquando da declaração de pandemia.
Desde então que as experiências reais são colocadas à margem, qual mero acaso indigno da nossa atenção:
- As consequências nefastas dos confinamentos já foram reveladas em vários estudos epidemiológicos bem como em inquéritos publicados em revistas científicas de renome e na imprensa mainstream, nomeadamente, na Austrália, no Reino Unido e nos Estados Unidos.
- Os danos causados pelas injeções experimentais (erroneamente designadas “vacinas contra o SARS-Cov2”), já são notícia em horário nobre (TVI – Jornal da noite de 13/06/2024).
- O Dr. Antony Fauci, no dia 3 do corrente mês, foi inquirido no Capitólio e muito provavelmente enfrentará a justiça, depois de ter confessado que os mandados para o uso de máscara na comunidade e o distanciamento social foram instituídos sem respaldo científico além de ter reconhecido a ineficácia das injeções na prevenção da transmissão da Covid19.
Todavia estas e outras revelações continuam como que entre parêntesis, produzindo pouco efeito – como se a realidade se tivesse convertido no sucedâneo das aberrações ou das “teorias da conspiração” elencadas pela propaganda.
Quando nos autocomiseramos pelas alterações climáticas; quando nos submetemos a testes por decreto; quando nos deixamos injectar à revelia do consentimento informado; quando nos resignamos a ficar em casa entregues à sorte e ao paracetamol e quando começamos a pôr em causa nossa identidade e a nossa História, isentamo-nos da realidade e passamos a acreditar em qualquer nova patranha que os poderosos nos queiram impingir. Ao que, presentemente, assistimos atesta a visão de Foucault de que não seria preciso escravizar os indivíduos para os explorar. As pessoas estão demasiado dóceis a ponto de se terem convertido em idiotas úteis ao serviço de oligarcas abusivos.
Nas últimas duas décadas a sociedade tem sido insidiosamente enganada, manipulada e maltratada por aqueles em quem devia poder confiar. E o clímax dos maus tratos é o momento actual.
Em Março de 2020, antes que tivéssemos tempo para integrar a informação com que nos bombardeavam, já havíamos fechado as escotilhas na esperança que “o temporal” passasse, crentes na promessa da imortalidade, imbuídos duma confiança cega nas directrizes das autoridades e porque o medo se apoderou do discernimento e o “vai ficar tudo bem” se tornou extremamente tranquilizador.
Concomitantemente, ao invés de acalmar o pânico, o governo, os consultores em saúde pública e a comunicação social, reforçaram e alicerçaram o pânico através da contagem diária de “casos” e de mortos (sempre em números absolutos) bem como na alegada sobrecarga do SNS (que nunca aconteceu).
Ora esta sucessão de eventos foi emocionalmente abusiva porque nos alienou da realidade, perpetuando-se até hoje, apesar da cessação oficial do estado de emergência sanitária.
Os arquitectos do caos persistem em nos convencer que a memória nos atraiçoa, que o nosso raciocínio se equivoca e que a nossa intuição é tola. Em suma, que a nossa condição humana não passa dum escolho na prossecução “bem maior”. E continuam a tentar convencer-nos que a preocupação com a agenda 2030 é paranóia, ao mesmo tempo que, com vertiginosa rapidez, estipulam metas que, nas mentes adestradas, ressoam como nobres e humanitárias mas que nada são para além de artimanhas prosélitas e com o propósito de coarctar uma existência livre, fecunda, saudável e próspera. Estabeleçamos um paralelismo entre o comportamento dum abusador e o comportamento dos nossos governantes e dos seus esbirros, nos últimos quatro anos, começando por sistematizar os indícios dum comportamento abusivo:
- isolamento e intimidação;
- Infantilização e dependência;
- humilhação e insulto;
- ameaça e coação;
- manipulação e culpabilização da vítima;
- desprezo pela memória, pelo conhecimento e pela experiência da vítima, bem como a desvalorização das suas necessidades, das duas angústias e das suas dúvidas;
- negação e subversão da realidade e dos actos por si praticados.
Quantos destes comportamentos se viram reflectidos na resposta oficial do governo, dos líderes em saúde pública e dos órgãos de propaganda durante a crise sanitária e mais recentemente, a título de exemplo, a respeito da agenda climática, da identidade de género ou no que concerne à guerra na Ucrânia ou ao conflito em Gaza?
E quantos daqueles sinais transparecem na actual abordagem política e mediática das vozes discordantes?
Torna-se inegável que o despotismo foi e continua a ser flagrante, pelo que urge revisitar os dogmas e as crenças que têm regido as escolhas, os comportamentos e os julgamentos sociais nos últimos quatro anos.
Pensarão que exagero pois tudo parece ter regressado à normalidade, todavia a sociedade mudou profundamente e adoeceu gravemente fruto do abuso institucional de que foi vítima – são disso sintoma a chacota, o insulto, a sobranceria e a perseguição da dissidência.
Se o primeiro passo na cura do abuso emocional é o seu reconhecimento, o passo seguinte será impedir a sua continuidade. Assim, podemos e devemos reconhecer que fomos vítimas de agressão emocional por parte daqueles que nos deveriam proteger. E podemos e devemos lidar com a verdade e reconhecer que fomos enganados, manipulados, intimidados, ameaçados, usados e abusados em nome da segurança e da saúde pública.
A violência institucional cessará quando um número suficiente de cidadãos for capaz de reconhecer o abuso, de processar os responsáveis e de gritar, inequivocamente: Basta!.
Já estivemos mais longe…
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