Opinião

A Colheita das Mentiras

As opiniões expressas neste artigo são pessoais e vinculam apenas e somente o seu autor.

A sociedade não pode funcionar de forma coerente e estável sem a Verdade, que se afigura essencial na relação de confiança entre nós, os outros, os meios de comunicação social, as autoridades e as instituições que existem para nosso benefício. 

Desde tempos imemoriais que o Homem, para conseguir navegar na complexidade da sua existência, busca orientação em fontes confiáveis. Pese embora tenham existido e continuem a existir mentirosos que se aliam à propaganda para nos levar a amar ou a odiar um artigo, uma ideia ou um grupo, existem, paralelamente, valores, normas padrões sociais, que constituem uma âncora para a Virtude e para a Verdade. Todavia o cabo de ancoragem que a elas nos liga, garantindo a sua influência na nossa conduta e nas nossas escolhas, parece ter sido cortado deixando a sociedade à deriva.

Já estávamos em apuros, mas desde há quatro anos a esta parte, o discurso público e o comportamento social apresentam-se, definitivamente, divorciados da autenticidade, da realidade, do humanismo e da compaixão.

Os governos eleitos, alegadamente, para nos representar, timonar e proteger, decidiram trair a nossa confiança e recorrer à manipulação psicológica e à programação neurolinguística, numa escalada sem precedentes. Articulados internacionalmente, decidiram obrigar-nos a escolhas que jamais teríamos feito, nem nós próprios nem aos nossos que amamos, a ponto de termos abdicado do luto e da despedida dos entes queridos; de cobrirmos o rosto e de anularmos a nossa identidade; de aceitarmos o abuso do poder policial; de consentirmos no nosso aprisionamento domiciliário, nos maus tratos às nossas crianças e no abandono dos nossos velhos.

A comunicação social, os professores, os médicos, os profissionais de saúde, os políticos e as celebridades, foram parte activa no jugo e na mesmerização pelo medo e pela mentira. Toda a sociedade foi cúmplice e a gravidade agiganta-se porque a propaganda enganosa continua, expande-se e está a tornar-se na norma sob a designação ignóbil de  “novo normal”.

Estamos a colher os frutos da Mentira para gáudio dos poderes instalados.

Os meios de comunicação social podem negar ou desconversar descaradamente; os políticos podem mudar a sua narrativa ou renegar o que preconizaram, defenderam e consentiram pelo voto ou pela abstenção e os verificadores de factos” continuam a distorcer a realidade e a inventar novas “verdades” absurdas nporque para isso lhes pagam. As gigantescas empresas de software escrutinam e censuram toda a informação que confronte ou desmascare os desígnios e as directrizes dos seus donos e das organizações supra-nacionais não eleitas, varrendo a integridade e o livre pensamento para debaixo do tapete.

Estamos a ser pressionados, por agências como a ONU, o Banco Mundial, o G20 e a Organização Mundial da Saúde, a fim de abdicarmos de direitos humanos fundamentais e inalienáveis. E estamos a ser aliciados a entregar a nossa riqueza, a nossa prosperidade, a nossa saúde e o domínio sobre a nosso corpo e sobre a nossa vontade, a políticos corruptos e a entidades atoladas em conflitos de interesse e tudo isto alicerçado em falsas ameaças (1,2,3). No passado este nível de argumentação aberrante e de corrupção seria denunciado pelo jornalismo livre. Actualmente as falácias tornaram-se a regra e o jornalismo o seu principal veículo.

O mais assustador de tudo isto não é a mentira per se, mas o gritante e generalizado desinteresse pela verdade.

A mentira pode prevalecer transitoriamente mas acaba sempre por sucumbir numa sociedade que valoriza a Verdade. Quando esta perde o seu valor ou o vê relativizado e deixa de ser um azimute no exercício da cidadania, acaba minando as instituições e a decadência torna-se inevitável. Vivemos numa encruzilhada civilizacional extremamente perigosa, porque a mentira passou não só a ser tolerada, mas principalmente a ser a abordagem padrão, quer nacional quer internacionalmente, tão só porque o quarto poder abraçou a escuridão.

A História já foi testemunha de eventos sociológicos idênticos.

Na Alemanha Nazi, a aceitação acrítica de mentiras levou ao massacre de milhões. Foram pessoas como nós que facilitaram e implementaram o holocausto, desorientados por uma enxurrada de mentiras, de dogmas e de ameaças falaciosas, que os dissociaram da própria consciência distorcendo a sua percepção de bondade.

Certo é que para o advento dos regimes totalitários, os sujeitos ideais nunca foram os correligionários convictos, antes aqueles para quem a distinção entre facto e ficção e entre verdadeiro e falso deixou de existir.

Vivemos um momento histórico em que o ditador deixou de ser um indivíduo para ceder  lugar a uma coligação de interesses suficientemente alargada e poderosa a ponto de sobreviver à morte de qualquer um dos seus elementos. Ao mesmo tempo que deixaram de existir fronteiras físicas passíveis de serem invadidas e libertadas. Estamos, portanto, num território desconhecido e perigoso, enfrentando uma confluência devoradora de interesses à escala global, sem qualquer contra-ataque óbvio. Da Nova Zelândia à América do Norte, passando por África e pela UE, os “líderes ungidos” passaram a controlar tudo, inclusive o que ouvimos e lemos a seu respeito.

Nenhum cavaleiro branco ou força armada virá em nosso auxílio enquanto nos encolhermos atrás do teclado, mantivermos a cabeça na areia, nos resignarmos, e enquanto, por medo de represálias, de rótulos ou da rejeição, continuarmos a guardar os nossos pensamentos para nós mesmos,  comermos (literal e ideologicamente) tudo o que nos colocarem à frente e nos formos adaptando.

Somente nós enquanto Humanidade, poderemos tomar uma posição e agir.

Se nada fizermos iremos perder.

Tomar posição está ao alcance de todos nós, começando por reconhecer o limbo em que nos encontramos e conscientes que ao agir nos iremos tornar impopulares. Mas se  queremos que a História nãol se repita é fulcral que tomemos posição nos locais de trabalho, nas conversas com amigos e familiares, votando em consciência e não por preconceito ou clubismo, dando oportunidade à diferença, o que pode significar romper com tudo o que outrora alegámos ser indiscutível.

A alternativa será continuar a participar na farsa, a abraçar o conforto do auto-engano, a alienar  as nossas mentes, a aceitar que o passado nunca aconteceu e deixar-nos seduzir pela comunicação social. Podemos acreditar e seguir a liderança da mentira, apesar dos avisos do nosso subconsciente, fingindo que vivemos a vida que escolhemos, até ao dia em que seremos confrontados com a imensa profundidade do buraco que escavámos, para nós e para os nossos filhos.

A escolha é nossa.

Em política, em Saúde Pública, nas relações internacionais e na História, os melhores feitos aconteceram sempre que a Verdade foi valorizada, mesmo que de forma  imperfeita. Tenho esperança que um número suficiente de pessoas sinta, finalmente, repulsa pelo devir actual da sociedade, nomeadamente no nosso país, e assuma os riscos que forem necessários para operar a mudança.

Não nos aprisionemos mais sofrendo na antecipação das ameaças fraudulentas, tampouco cedamos o leme das nossas vidas em nome duma ilusória segurança.

Façamos precisamente o contrário.

Ainda vamos a tempo de evitar um Futuro sombrio, mas não podemos permanecer inertes, demitidos e/ou escondidos.

A luz não só supera as trevas como também as torna impossíveis de esconder. Sejamos Luz!

REFERÊNCIAS:

1 – https://essl.leeds.ac.uk/download/downloads/id/972/rational-policy-over-panic—reppare-report-version-2—july-2024.pdf

2 – https://theelders.org/programmes/pandemics

3 – https://theindependentpanel.org/documents/


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